Na terça-feira (10), a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo do Estado de São Paulo participou de uma live da Federação Empresarial de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (FHORESP) e do Canal Restaurante para tirar dúvidas sobre a aplicação do Protocolo Não se Cale para o setor de hospedagem, alimentação, bares e eventos.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, Sonaira Fernandes, participou como convidada especial e destacou que o protocolo Não se Cale é um instrumento de preservação do setor, que serve não para onerar, mas sim para criar uma consciência de proteção às mulheres nestes ambientes. “Nós precisamos nos sentir seguras nos estabelecimentos. A proteção contra a violência e o assédio é uma política pública que envolve todos os setores da sociedade”, afirmou.
A Secretária Executiva de Políticas para as Mulheres, Teresinha Neves, também marcou presença e esclareceu dúvidas enviadas pelos espectadores. “O protocolo Não se Cale foi construído por várias mãos, é um mecanismo transversal para acolher e proteger as mulheres. Gratuito, o curso é constituído por três módulos e cada aluno terá direito a um certificado de conclusão”, disse.
Diretor Executivo do FHORESP, Edson Pinto relatou o impacto positivo do protocolo na gestão do estabelecimento, já que exige a capacitação de todos os colaboradores. “É nossa responsabilidade social acolher essas mulheres e deixar claro para os agressores que eles serão punidos caso ameacem alguma mulher em nossos estabelecimentos”, comentou.
Conduzido pelo jornalista do Canal Restaurante Sergio Lerrer, o evento aconteceu no Paris 6, localizado no Morumbi Town Shopping, em São Paulo, de maneira híbrida – presencial e online.
No começo do mês, foi publicada a Resolução nº 5/2023, que estabelece os prazos para a realização do curso de capacitação aos profissionais de bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos dentro do protocolo Não se Cale. O documento estipula que para a primeira capacitação o prazo se estende até o 1º trimestre de 2024. As diretrizes complementam a Lei 17.635, de 17 de fevereiro de 2023 e o Decreto 67.856, de 1 de agosto de 2023. Até o momento, 14,8 mil já se inscreveram nas primeiras turmas abertas para adaptação e mobilização do setor.