O I Fórum da Mulher Paulista, evento organizado pela Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher, encerrou nesta quinta-feira (21) com mais de mil participantes, reunidos para impulsionar o enfrentamento da violência e o fortalecimento da rede de proteção à mulher.
Em dois dias de programação na Capital (20 e 21), o evento reuniu gestores municipais, estaduais, pesquisadores e especialistas de diferentes locais do Estado de São Paulo, além de Brasília e Rio de Janeiro, para aprofundar o conhecimento sobre as diversas formas de violência e políticas públicas para combatê-las.
“As discussões apresentadas durante o evento destacaram a importância de expandir políticas para a mulher em nosso Estado. As diversas violências enfrentadas pelo público feminino exigem que tomemos atitudes em todos os níveis institucionais. É preciso mostrar a relevância dessa pauta para as gestões municipais e criar conexões para levarmos o Fórum para cada cidade”, disse a Secretária de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes.
Neste segundo dia de programação, a titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Mogi das Cruzes, Luciana Amat falou sobre violência sexual, ressaltando a importância do acolhimento humanizado das mulheres antes mesmo de reunir os indícios de provas contra o agressor: “infelizmente ainda vivemos em uma cultura onde insistem em dizer que a culpa é da mulher e precisamos mudar isso, visto que nenhum comportamento ou roupa é justificativa. Não é não”, afirmou.
Já o painel da deputada federal Rosângela Gomes abordou a violência política. “Em meu primeiro mandato, ouvi muitos absurdos por ser mulher, periférica e negra. Minha presença incomodava muitos parlamentares. Hoje estou aqui para incentivar mais mulheres a entrarem para a vida política. Sonho com o dia em que teremos um parlamento 50% feminino”, declarou.
As medidas para implementar uma Guarda Civil Municipal (GCM) e aderir ao programa Guardiã Maria da Penha foram apresentadas pela secretária municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina de Souza. Para ela, as guardas municipais têm estreita relação com o município. “A atuação da GCM é mais regional e por isso pode auxiliar efetivamente com a pauta da mulher. É preciso ouvir o que as mulheres têm a dizer e incentivá-las a denunciar agressões”, concluiu.
Recomendação aos municípios
No último painel, a secretária Sonaira orientou o público sobre as diretrizes e etapas essenciais para implementação de Organizações de Políticas para as Mulheres (OPMs) em cada cidade. Essas estruturas focadas no público feminino podem ser Secretarias Municipais ou Coordenações nas Prefeituras; Conselhos Municipais, como órgão colegiado independente vinculado ao Executivo; e Procuradorias nos poderes legislativos, como as Câmaras de Vereadores.
Além disso, a secretária fez a leitura de uma Carta às Prefeituras, intitulada “Recomendações para Promoção e Fortalecimento das Políticas para a Mulher no Município, como resultado dos trabalhos do I Fórum da Mulher Paulista”, reunindo os temas tratados nos dois dias de programação.
O Fórum também resultou na composição de uma Carta ao Governador Tarcísio de Freitas, referente à “Proposta de Inclusão das Políticas para as Mulheres na Pauta do COSUD – Consórcio de Integração Sul e Sudeste”, programado para outubro. O documento foi assinado pela titular da pasta, pelo secretário-executivo da Casa Civil Edilson Costa, e pelo diretor-presidente do Memorial da América Latina, Pedro Mastrobuono, que abriu as portas do local para o evento.
Todas as atividades aconteceram no Auditório Simón Bolívar, localizado no Memorial. A Orquestra Municipal de Viola Caipira de Mirante de Paranapanema animou e concluiu as atividades entoando sucessos atemporais.
SP Mulher – Secretaria de Políticas para a Mulher
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